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quinta-feira, abril 25, 2024

Ella Fitzgerald nasceu há 107 anos...

    
Ella Jane Fitzgerald (Newport News, 25 de abril de 1917 - Beverly Hills, 15 de junho de 1996) também conhecida como a "Primeira Dama da Canção" (em inglês: First Lady of Song) e "Lady Ella", foi uma popular cantora de jazz dos Estados Unidos. Com uma extensão vocal que abrangia três oitavas, era notória pela pureza de sua tonalidade, sua dicção, fraseado e entonação impecáveis, bem como uma habilidade de improviso "semelhante a um instrumento de sopro", particularmente no scat.
Considerada uma das intérpretes supremas do chamado Great American Songbook, teve uma carreira que durou 59 anos, venceu 14 prémios Grammy e recebeu a Medalha Nacional das Artes do presidente americano Ronald Reagan, bem como a Medalha Presidencial da Liberdade, do sucessor de Reagan, George H. W. Bush.
Muito frequentemente é apontada por críticos e músicos dos Estados Unidos como a maior cantora do século XX.
    

 


Albert King nasceu há cento e um anos...

     
Albert King (Indianola, 25 de abril de 1923 - Memphis, 21 de dezembro de 1992) foi um influente guitarrista e cantor americano de blues. Foi considerado o 13º melhor guitarrista do mundo pela revista norte-americana Rolling Stone.
   
 
Biografia
Um dos "Três Kings" da guitarra Blues (junto com B.B. King e Freddie King), ele possuía uma figura imponente, de 1,93m de altura e 118 kg. Ele nasceu Albert Nelson numa família humilde em Indianola, Mississipi, em uma plantação de algodão onde trabalhou na sua juventude. Uma de suas primeiras influências musicais foi o pai, Will Nelson, que tocava guitarra. Durante a sua infância também cantava gospel na igreja local. Albert começou a sua carreira profissional num grupo chamado In the Groove Boys, em Osceola, Arkansas.
Seu primeiro sucesso foi "I'm A Lonely Man", lançado em 1959. Entretanto, foi apenas em 1961 com o lançamento de "Don't Throw Your Love On Me So Strong" que seu nome se tornou conhecido. Em 1966 King assinou contrato com a famosa gravadora Stax Records, e em 1967 lançou o seu lendário álbum Born Under a Bad Sign. Em 1968 ele foi contratado por Bill Graham para abrir os shows de John Mayall e Jimi Hendrix no Fillmore West, em San Francisco. A plateia logo descobriu de onde vinha o som de blues de Mayall e Hendrix.
Albert King era canhoto e tocava uma guitarra Gibson Flying V virada de forma que as cordas graves ficavam para baixo.
Albert King influenciou milhares de guitarristas, incluindo músicos famosos como Jimi Hendrix, Eric Clapton, Mike Bloomfield, Stevie Ray Vaughan e Gary Moore. O solo de Eric Clapton na música "Strange Brew" (Cream, 1968) é uma cópia nota-a-nota do solo de King na música "Pretty Woman".
Albert King morreu a 21 de dezembro de 1992, vítima de uma crise de pancreatite aguda, em Memphis, Tennessee. Foi sepultado no Paradise Gardens Cemetery, Edmondson, Arkansas, nos Estados Unidos.
          

 


Rogério Flausino, o vocalista dos Jota Quest, faz hoje 52 anos

 
Rogério Flausino, nome artístico de Rogério Oliveira de Oliveira (Alfenas , 25 de abril de 1972) é um cantor, músico e compositor brasileiro, mais conhecido por ser o vocalista da banda Jota Quest

Nasceu e cresceu em Alfenas, Minas Gerais, filho de Maria das Graças Oliveira de Oliveira e Wilson da Silveira Oliveira. O seu avô, Zé Flausino, gravou um disco na década de 1970, premiado num concurso da antiga Rádio Nacional do Rio de Janeiro. Foi do nome do avô que surgiu o nome artístico Flausino.

Aos doze anos, montou a sua primeira banda com o irmão Wilson Sideral e dois primos. Em 1987, tocava em festas e eventos na cidade, na banda Contato Imediato. Em 1989, começou a fazer um programa semanal, aos sábados, na rádio Atenas FM, juntamente com o locutor Celino Menezes, que comandava o programa Noite 94,1. Antes de ser músico, era analista de sistemas.

Em 1993, mudou-se para Nova Serrana. Através de um anúncio no jornal Estado de Minas, conheceu a banda Jonny Quest tocando em um bar. Após um teste, foi selecionado para ser vocalista do grupo, que, no final da década de 90, passou a se chamar Jota Quest e é uma das bandas mais bem-sucedidas da história do Brasil.

Venceu o Prémio Multishow de 2007 na categoria Melhor Cantor.

É irmão dos cantores Wilson Sideral e Flávio Landau e primo de segundo grau do também músico Marcus Menna, ex-vocalista e líder da banda LS Jack.

É casado com Ludmila Alves Carvalho, que se formou em Medicina pela UFMG em 2008. É pai de dois filhos, Nina e Miguel.

 
   

 


Grândola, vila morena, terra da fraternidade - a segunda senha da revolução foi emitida há cinquenta anos...!

Na plateia do I Encontro da Canção Portuguesa, estavam presentes vários dos capitães que tiveram um papel no 25 de Abril, que já estava numa avançada fase preparatória, e que já se tinha determinado que o sinal para começar as operações seriam duas canções emitidas através da rádio. A Rádio Renascença foi escolhida pois os meios de comunicação dos militares não tinham cobertura pelo país inteiro, pelo menos não de forma fiável e audível. Tudo decorreu no maior segredo. O primeiro sinal escolhido foi a canção E depois do Adeus de Paulo de Carvalho, emitida pelos Emissores Associados de Lisboa como ordem para os militares de Lisboa prepararem-se para avançar, sendo emitida às 22.55. A canção não tinha uma letra perigosa, e ganhara o Festival RTP da Canção de 1974, sendo apresentada no Eurofestival da Canção de 1974, o que explica a sua escolha. O segundo sinal tinha o objetivo de dar luz verde aos militares participantes no golpe para irem avante, principalmente os que estavam mais distantes de Lisboa, e era a senha fundamental. Numa primeira instância, foi escolhida a canção Venham mais cinco de José Afonso, no entanto, quando já se acabara o período de preparação, descobriu-se que a canção estava incluída na lista de músicas banidas da Rádio Renascença, a emissora católica, e estava barrada de passar no programa Limite da estação de rádio, como fora planeado. Perante a necessidade de escolher uma canção que não estivesse barrada, definiu-se a Grândola, Vila Morena, que tinha sido fortemente aclamada pelo público no I Encontro da Canção Portuguesa. A Ordem de Operações foi emendada, e, às 00.20 de 25 de abril, ouviu-se a voz forte do locutor a recitar os quatro primeiros versos: "Grândola, Vila Morena/ Terra da fraternidade/ O povo é quem mais ordena/ dentro de ti, ó cidade". Desde o início revolucionária com a adesão popular, a canção tornou-se o hino da revolução.

 

in Wikipédia

 

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Carmen Costa morreu há dezassete anos...

  
Carmelita Madriaga, conhecida como Carmen Costa, (Trajano de Moraes, 5 de julho de 1920 - Rio de Janeiro, 25 de abril de 2007) foi uma cantora e compositora brasileira.

Nascida em Trajano de Moraes, no interior do Rio de Janeiro, Carmen mudou-se aos 15 anos para a capital do estado, onde trabalhava como empregada doméstica do cantor Francisco Alves. Numa festa ele a fez cantar para os convidados, entre eles Carmen Miranda, e a incentivou a iniciar uma carreira.

Apresentou-se como caloira no programa de rádio de Ary Barroso, saindo-se vencedora. Passou a cantar profissionalmente e a fazer dupla com o cantor e compositor Henricão.

O seu primeiro sucesso foi Está Chegando a Hora, versão da canção mexicana Cielito Lindo, nos anos 40. Em 1945, casou-se com o norte-americano Hans Van Koehler e foi viver com ele nos Estados Unidos. Passou uma temporada em Los Angeles e, em Nova York, esteve no concerto histórico no Carnegie Hall, que marcou a bossa nova nos Estados Unidos, em 1962.

Nos anos 50 voltou ao Brasil, quando conheceu o compositor Mirabeau Pinheiro, com quem viveu um romance por cinco anos e com quem teve a sua única filha, Silésia. Juntos tiveram sucessos como Cachaça não é água (quando foram acusados de plágio) e Obsessão.

Desta mesma época foi o samba-canção de Ricardo Galeno Eu sou a outra ("ele é casado/eu sou a outra na vida dele…"), que retratava uma situação que a própria Carmen vivia e, anos depois, assumia.

Foi homenageada no programa "MPB Especial", da TV Cultura de São Paulo, gravado em 1972, no qual a artista fluminense interpretou canções de grande sucesso. Entre o repertório, "Está Chegando a Hora", de Rubens Campos; "Só vendo que Beleza" e "Casinha da Marambaia", de Rubens Campos e Henricão; "Xamego", de Luiz Gonzaga; "Polêmica", de Ataulfo Alves; e "Cachaça Não é Água Não", de Mirabeau.

Com Paulo Márquez, gravou um belo LP "A Música de Paulo Vanzolini", de 1974.

A sua última gravação foi com o cantor Elymar Santos, de quem era convidada especial em alguns shows.

A cantora também participou de vários filmes, como "Pra Lá de Boa" (1949), "Carnaval em Marte" (1955), "Depois Eu Conto" (1956) e "Vou Te Contá" (1958).

Em 2003, a Câmara Municipal do Rio de Janeiro tinha aprovado um projeto de iniciativa do Museu da República e ela foi "tombada" como patrimônio cultural do Brasil. Para a ocasião, compôs a música "Tombamento", que cantou para o ministro da Cultura, Gilberto Gil ("Eu sou a raça/ Sou mistura/ Sou aquela criatura/ Que o tempo vai tombar").

Em 2 de junho de 2004, no Rio de Janeiro, participou da reinauguração da Rádio Nacional, emissora líder de audiência nas décadas de 40 e 50. Na ocasião, houve o encontro do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com as "cantoras do rádio", geração de artistas reveladas na Rádio Nacional. Lula definiu o encontro de "saudosismo gostoso" e subiu ao palco do auditório da Nacional para abraçar e beijar Emilinha Borba, 80, Marlene, 79, Carmen Costa, 84, Ademilde Fonseca, 83, Adelaide Chiozzo, 73, e Carmélia Alves, 81.

Morreu no Hospital Lourenço Jorge, no Rio de Janeiro, aos 86 anos, depois de alguns dias internada. Teve insuficiência renal e paragem cardíaca às 06.00 do dia 25 de abril de 2007.

 
 

 


A Revolução de 25 de Abril foi há cinquenta anos...!

 

A Revolução de 25 de Abril, denominada por alguns Revolução dos Cravos, refere-se a um período da história de Portugal resultante de um movimento social, ocorrido a 25 de abril de 1974, que depôs o regime ditatorial do Estado Novo, vigente desde 1933, e iniciou um processo que viria a terminar com a implantação de um regime democrático e com a entrada em vigor da nova Constituição a 25 de abril de 1976, com uma forte orientação socialista na sua origem.
Esta ação foi liderada por um movimento militar, o Movimento das Forças Armadas (MFA), que era composto na sua maior parte por capitães que tinham participado na Guerra Colonial e que tiveram o apoio de oficiais milicianos. Este movimento surgiu por volta de 1973, baseando-se inicialmente em reivindicações corporativistas como a luta pelo prestígio das forças armadas, acabando por atingir o regime político em vigor. Com reduzido poderio militar e com uma adesão em massa da população ao movimento, a resistência do regime foi praticamente inexistente e infrutífera, registando-se apenas 4 civis mortos e 45 feridos em Lisboa, pelas balas da DGS (antiga PIDE).
O movimento confiou a direção do País à Junta de Salvação Nacional, que assumiu os poderes dos órgãos do Estado. A 15 de maio de 1974, o General António de Spínola foi nomeado Presidente da República. O cargo de primeiro-ministro seria atribuído a Adelino da Palma Carlos. Seguiu-se um período de grande agitação social, política e militar conhecido como o PREC (Processo Revolucionário em Curso), marcado por manifestações, ocupações, governos provisórios, nacionalizações e confrontos militares, que terminaram com o 25 de novembro de 1975.
Estabilizada a conjuntura política, prosseguiram os trabalhos da Assembleia Constituinte para a nova constituição democrática, que entrou em vigor no dia 25 de abril de 1976, o mesmo dia das primeiras eleições legislativas da nova República. Na sequência destes eventos foi instituído em Portugal um feriado nacional, no dia 25 de abril, denominado como "Dia da Liberdade".
  

quarta-feira, abril 24, 2024

O 25 de abril começou, com a primeira senha, há cinquenta anos...

Com esta canção inócua era dado o sinal do início das operações militares, às 22.55 horas, música que tinha, pouco tempo antes, representado Portugal no Festival da Eurovisão da Canção de 1974:

 

 

E depois do adeus - Paulo de Carvalho

Letra de José Niza e música de José Calvário

 

Quis saber quem sou, o que faço aqui
quem me abandonou, de quem me esqueci
Perguntei por mim, quis saber de nós
Mas o mar não me traz tua voz

Em silêncio, amor, em tristeza enfim
Eu te sinto em flor, eu te sofro em mim
Eu te lembro assim, partir é morrer
Como amar é ganhar e perder

Tu vieste em flor, eu te desfolhei
Tu te deste em amor, eu nada te dei
Em teu corpo, amor, eu adormeci
Morri nele e ao morrer renasci

E depois do amor, e depois de nós
O dizer adeus, o ficarmos sós
Teu lugar a mais, tua ausência em mim
Tua paz que perdi, minha dor que aprendi
De novo vieste em flor, te desfolhei

E depois do amor, e depois do nós
O adeus, o ficarmos sós

Barbra Streisand celebra hoje 82 anos

   
Barbara Joana Streisand, (Brooklyn, Nova Iorque, 24 de abril de 1942), conhecida como Barbra Streisand, é uma cantora, compositora, atriz, diretora e produtora cinematográfica norte-americana, de origem judaica, vencedora de 2 Óscares, tendo sido nomeada para mais três estatuetas. Ela divide com Cher a distinção de ter sido premiada com o Óscar de Melhor Atriz e também ter gravado um single número um no Hot 100 da Billboard. Ela já ganhou dois Óscares, quinze Grammy, seis Prêmios Emmy, um prémio Tony especial, um American Film Institute, seis People's Choice, onze Golden Globe, três Peabody, um Cable ACE e um Directors Guild of America.
Ela é uma das artistas mais bem-sucedidas do ponto de vista comercial e da crítica na história do entretenimento moderno, com mais de 71,5 milhões de álbuns vendidos nos Estados Unidos e 140 milhões de álbuns vendidos em todo o mundo. Streisand é uma das poucas estrelas do show business a conquistar prémios em diversas áreas da arte - Óscar (cinema), Grammy (música), Tony (teatro) e Emmy (televisão). Ela foi também a primeira mulher a simultaneamente produzir, dirigir, escrever e atuar em um filme ("Yentl", em 1983).
Ela iniciou a sua carreira em 1965, com a peça da Broadway "I Can get it For you Wholesale". O seu primeiro disco, The Barbra Streisand Album, foi lançado em 1963 e deu-lhe dois Prémios Grammy. Barbra possui uma voz poderosa e imprime uma interpretação dramática às músicas que grava, especialmente nas baladas românticas. Ela fez duetos com artistas como Neil Diamond, Donna Summer, Frank Sinatra, Celine Dion, Bryan Adams, Burt Bacharach e Barry Gibb.
A sua estreia no cinema foi em 1968, com o musical "Funny Girl", e a sua atuação neste rendeu-lhe o Óscar de melhor atriz. Foi indicada também pelo filme "Nosso Amor de Ontem", em 1973. Também ganhou o Óscar de melhor canção original pelo filme "Nasceu uma Estrela" em 1976. Em 1964, casou-se com o ator Elliot Gouldy, de quem teve o seu único filho, Jason, mas o divórcio veio logo depois que conquistou o Óscar de melhor atriz. Depois de vários romances, a atriz e cantora casou em 1998 com o ator e diretor James Brolin.
 
Barbra Streisand no filme Hello, Dolly!
 

 


Mano Solo nasceu há sessenta e um anos...


Mano Solo
, nome artístico de Emmanuel Cabut (Châlons-sur-Marne, 24 de abril de 1963 - Paris, 10 de janeiro de 2010), foi um cantor francês.
Ele era o filho do caricaturista Cabu (morto no massacre do Charlie Hebdo, em 7 de janeiro de 2015). Morreu aos 46 anos, vítima de múltiplos aneurismas cerebrais, sofridos em novembro de 2009, agravados pela SIDA.
      

 


Kelly Clarkson - 42 anos

  
Kelly Brianne Blackstock (Fort Worth, 24 de abril de 1982), mais conhecida pelo seu nome de solteira, Kelly Clarkson, é uma cantora e compositora, ocasionalmente atriz, norte-americana. Atingiu a fama em 2002, após vencer a primeira temporada do reality show American Idol.
    

 


O Canhoto da Paraíba morreu há dezasseis anos...

(imagem daqui)
  
Francisco Soares de Araújo (Princesa Isabel, 9 de março de 1926 - Paulista, 24 de abril de 2008) foi um guitarrista e músico brasileiro. Era mais conhecido como Canhoto da Paraíba (e também por Chico Soares).
  
Canhoto compôs choros com um "agradável sabor nordestino". Conta a lenda que ao ver Canhoto tocar pela primeira vez, Radamés Gnattali ficou tão impressionado que teria gritado um palavrão e jogado o seu copo de cerveja para o teto e que o dono da casa, ninguém menos que Jacob do Bandolim, nunca teria apagado a mancha do teto para lembrar o momento (tudo indica que é apenas lenda). Pela extinta gravadora Rozenblit, gravou o disco "Único amor", que, recentemente, foi relançado em CD.  Na ocasião, para acompanhá-lo, escolheu Henrique Annes, guitarrista de formação erudita que, mais tarde, viria a se tornar um dos maiores guitarrista brasileiros. Já o produtor musical do disco foi Nelson Ferreira, grande maestro e arranjador de frevos. Outros discos de Canhoto da Paraíba foram: "Com Mais de Mil" (1997), produzido por Paulinho da Viola e "Pisando em brasa" (1993), que contou com as participações de Paulinho e do guitarrista Rafael Rabello. Juntamente com Paulinho da Viola, que produziu o seu disco "O Violão Brasileiro Tocado pelo Avesso" percorreu o Brasil no Projeto Pixinguinha, divulgando o choro.
Foi agraciado com o título de Património Vivo de Pernambuco.
Em 1998 sofreu um AVC que o deixou com o lado esquerdo do corpo paralisado, ficando assim impossibilitado de prosseguir com a sua carreira e, em 2008, após enfarte do miocárdio, morreu aos 82 anos.
  

 


terça-feira, abril 23, 2024

Roy Orbison nasceu há 88 anos...

   
Roy Kelton Orbison (Vernon, 23 de abril de 1936 - Hendersonville, 6 de dezembro de 1988), apelidado de "The Big O", foi um influente cantor e compositor norte-americano e um dos pioneiros do rock and roll, e cuja carreira se estendeu por mais de quatro décadas. Orbison foi internacionalmente reconhecido pelas suas baladas sobre amores impossíveis, pelas suas melodias ritmicamente avançadas, o seu timbre vocal de três oitavas, os seus característicos óculos escuras e um ocasional uso de falsete, tipificado nas canções como "Only The Lonely", "Oh, Pretty Woman" e "Crying". Em 1988 foi incluído, postumamente, na galeria da fama de compositores de música.
   

 


Billy Paul morreu há oito anos...

   
Paul Williams (Philadelphia, Pennsylvania, December 1, 1934 – Blackwood, New Jersey, April 24, 2016), known professionally as Billy Paul, was a Grammy Award-winning American soul singer, known for his 1972 #1 single, "Me and Mrs. Jones", as well as the 1973 album and single "War of the Gods" which blends his more conventional pop, soul, and funk styles with electronic and psychedelic influences.
He was one of the many artists associated with the Philadelphia soul sound created by Kenny Gamble, Leon Huff, and Thom Bell. Paul was identified by his diverse vocal style which ranged from mellow and soulful to low and raspy. Questlove of the Roots equated Paul to Marvin Gaye and Stevie Wonder, calling him "one of the criminally unmentioned proprietors of socially conscious post-revolution '60s civil rights music."
    
(...)  
    
Paul died on the afternoon of April 24, 2016, at his home in the Blackwood section of Gloucester Township, New Jersey, from pancreatic cancer at the age of 81.
    

 


Glenn Cornick nasceu há 77 anos...

    

Glenn Cornick (Barrow-in-Furness, 23 de abril de 1947 - Hilo (Havaí), 28 de agosto de 2014) foi um músico britânico. Foi o primeiro baixista e um dos fundadores do Jethro Tull. Ele saiu da banda depois de seu terceiro álbum, Benefit, em 1970. Seu estilo (meio virtuoso, meio performático), fica presente nas primeiras músicas da banda, como "Bouree" e "The Witch's Promisse".

Cornick foi "convidado" a deixar o Tull pelo empresário Terry Ellis, mas recebeu o apoio e encorajamento para formar sua própria banda, Wild Turkey, que obteve certo êxito com alguns álbuns e turnês - em 1972, abriram os shows para a turnê mundial do Black Sabbath.

Ele mudou-se depois para Berlim, onde gravou o álbum "Rock'n Roll Testament" com a banda Karthago. Mais tarde, nos EUA, formou o grupo Paris com Bob Welch, ex-Fleetwood Mac. A parceria durou até 1977, quando Cornick abandonou a música e se tornou gerente de vendas de uma empresa de alimentos.

Depois de dez anos voltou a tocar, participando em vários projetos - inclusive uma reunião dos Wild Turkey, lançando mais três álbuns.

Cornick morreu em Hilo, no Havai, a 28 de agosto de 2014, por causa de insuficiência cardíaca congestiva.

    

 


Steve Clark, o precocemente desaparecido guitarrista dos Def Leppard, nasceu há 64 anos...

    
Stephen Maynard Clark (Hillsborough, Sheffield, 23 de abril de 1960 – Londres, 8 de janeiro de 1991) foi um dos guitarristas fundadores da banda de hard rock britânica Def Leppard. Morreu em 1991, de uma overdose acidental de codeína, misturada com Valium, morfina e bebidas alcóolicas. Clark foi classificado em 11º pela Classic Rock Magazine's na lista dos "100 maiores heróis da guitarra".
    
      

 


Ruy Barata morreu há 34 anos...

(imagem daqui)
  
Ruy Guilherme Paranatinga Barata (Santarém, Párá, 25 de junho de 1920 - São Paulo, 23 de abril de 1990) foi um poeta, político, advogado, professor e compositor brasileiro.
Filho único de Maria José (Dona Noca) Paranatinga Barata e do advogado Alarico de Barros Barata. Recebeu o nome Rui em virtude da admiração paterna por Rui Barbosa. O indígena Paranatinga vem do lado materno, que significa rio (paraná) branco (tinga).
Foi alfabetizado pelo pai. Aos dez anos vem para Belém para continuar os estudos. Primeiro, no internato do Colégio Moderno; depois, no Colégio Nossa Senhora de Nazaré, dirigido pelos Irmãos Maristas. Faz o pré-jurídico no Colégio Estadual Paes de Carvalho, onde tem como professor o intelectual Francisco Paulo do Nascimento Mendes, de quem se torna amigo para a vida inteira, e se inicia na poesia escrevendo na revista Terra Imatura. Em 1938, entra para a Faculdade de Direito do Pará.
Em meio aos estudos jurídicos sente aumentar a paixão pela poesia. Mergulha fundo nos poemas de Maiakovski, Garcia Lorca, T.S. Elliot, Mallarmé, Rilke, Pablo Neruda, Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira, Murilo Mendes, Jorge de Lima, entre outros. Abre-se ao pensamento de esquerda através da leitura do Manifesto Comunista de Marx e Engels.
Em 1941, casa-se com Norma Soares Barata, com quem teve sete filhos: Maria Diva, Rui Antônio, Paulo André (parceiro constante em várias canções, entre elas, as mais famosas, Foi assim e Pauapixuna), Maria Helena, Maria de Nazaré, Maria Inez e Cristóvão Jaques.
Em 1943, forma-se em Direito e, como orador da turma, em plena ditadura do Estado Novo, faz um discurso em que pede a volta do país ao Estado de Direito e defende teses avançadas no campo da justiça social. Nessa fase, prefere trocar o exercício da advocacia pela presença na redação do jornal Folha do Norte, de Paulo Maranhão.
Passa a frequentar as tertúlias do Central Café, no centro de Belém, lideradas pelo professor Francisco Paulo do Nascimento Mendes, onde convive e integra a mais brilhante geração de intelectuais paraenses republicanos, que gravitou em torno de Chico Mendes. Entre eles, Mário Faustino, Paulo Plínio Abreu, Benedito Nunes, Haroldo Maranhão, Waldemar Henrique, Machado Coelho, Nunes Pereira, Cauby Cruz, Napoleão Figueiredo e Raimundo Moura.
Ainda em 1943, publica seu primeiro livro de poemas Anjo dos Abismos, pela José Olympio Editora, com o decisivo apoio do romancista paraense Dalcídio Jurandir.
Nessa época, o pai de Ruy, Alarico Barata, exercia forte liderança política na região do Baixo Amazonas contra a violência do chamado Baratismo, liderado pelo caudilho Joaquim Magalhães de Cardoso Barata.
No decorrer dessa luta contra o autoritarismo de Magalhães Barata, Rui Guilherme Paranatinga Barata entra na política partidária e, aos 26 anos, em 1946, é eleito deputado para a Assembleia Constituinte do Pará, pelo Partido Social Progressista (PSP). Embalado pelo clima de explosão democrática que sucedeu a vitória dos aliados contra o nazifascismo na Europa, nenhum tema relevante aos direitos humanos escapou da perceção do jovem deputado naquela legislatura. A luta pela paz num mundo traumatizado pela morte de milhões de seres humanos nos campos de batalha, o horror da ameaça atómica que exterminara as populações de Hiroshima e Nagasaki, o respeito à autodeterminação dos povos, o Estado de Direito no Brasil, a defesa da soberania da Amazónia e a luta contra a pobreza foram temas caros a Ruy Barata.
Foi reeleito em 1950. Em 1951, publica os poemas de A Linha Imaginária (Edições Norte, Belém). A partir daí e depois, como deputado federal (1957 a 1959), se afirma como a voz progressista no Pará em defesa do monopólio estatal do petróleo, das grandes causas nacionais e da paz mundial, nos momentos cruciais da chamada guerra fria.
Em 1959, saúda a revolução cubana com o poema Me trae una Cuba Libre/Porque Cuba libre está. Nesse mesmo ano, entra para a militância clandestina do Partido Comunista Brasileiro, o Partidão. A filiação no PCB tem reflexo na própria criação poética, que opta por evidenciar, nessa fase, um tom político. A sua poesia busca o caminho das palavras acessíveis à compreensão popular e denuncia claramente a miséria e a injustiça social.
Nessa época, provavelmente, dá início à construção de O Nativo de Câncer, poema inacabado com força épica a contar a história de uma cultura em face da invasão de culturas estranhas, um impressionante inventário das coisas e do homem amazónico, incluindo aí o inventário do próprio poeta, um nativo de câncer (em português de Portugal, o signo astrológico Caranguejo). O primeiro canto do poema foi publicado em fevereiro de 1960 no jornal Folha do Norte.
Em 1964, com o golpe militar, foi preso, demitido de seu cartório (então 4º Ofício do Cível e Comércio da Comarca de Belém) e aposentado compulsivamente do cargo de professor da Faculdade de Filosofia da Universidade Federal do Pará, com menos de 10% de seus proventos. Para sobreviver passa a exercer a advocacia no escritório de seu pai, Alarico Barata, e escreve artigos e reportagens com pseudónimos, como Valério Ventura, para os jornais Folha do Norte e Flash.
A partir de 1967, Ruy Barata, que tinha, desde a juventude, uma estreita ligação com a música, passa a compor em parceria com seu filho, o então jovem músico e instrumentista Paulo André Barata.
Ruy mostra-se um exímio letrista para as melodias do filho. Compõem dezenas de músicas, de cunho rural e urbano, que se tornaram sucessos nacionais e internacionais.
Em 1978, lança mais um capítulo do estudo sobre a Cabanagem, a revolução paraense de 1835, cuja publicação iniciara no ano anterior pela revista do Instituto Professor Sousa Marques (Rio de Janeiro): O Cacau de Sua Majestade, O Arroz do Marquês, A Subversão do Cacau e do Algodão, A Economia Paraense às Vésperas da Tormenta.
Em 1979, com a promulgação da Lei da Amnistia, Ruy Barata é reintegrado no quadro de professores da Universidade Federal do Pará, e volta a ensinar Literatura Brasileira. Em 1984, é publicada a primeira edição do livro Paranatinga, um estudo biográfico do poeta escrito por Alfredo Oliveira.
Ruy Barata morreu em 23 de abril de 1990, durante uma cirurgia, em São Paulo, para onde viajara a fim de obter dados sobre a passagem de Mário de Andrade pela Amazónia.
Pouco depois de sua morte foi lançada a segunda edição, revista e ampliada, do livro Paranatinga. A sua estátua está nos jardins do Parque da Residência, antiga casa dos governadores do Pará, que hoje abriga a Secretaria de Cultura do Estado. Empresta seu nome a uma avenida, ainda em construção, que vai ladear as águas da baía do Guajará em Belém.
Em 2000, foi lançado o livro Antilogia, uma coletânea de poemas organizada e revista pelo próprio Rui entre janeiro e fevereiro de 1990, pouco antes de sua morte, cuja edição reúne quatorze poemas e uma das correspondências que lhe foram enviadas pelo poeta Mário Faustino.
O trabalho de Ruy Barata continua a inspirar músicas, poesias, vídeos, cinema, trabalhos escolares, teses, documentários, dança, artes plásticas e dezenas de outras manifestações culturais em todo o Pará, para reverenciar a memória do poeta que disse em uma canção: Tudo que eu amei estava aqui".
A poesia não se faz com ideias, mas com palavras.
Ruy Barata

Ode


Os dedos contam as ondas,
os minutos talvez,
jamais o anelo.

Podes marcar a face disfarçada,
a barba,
os bens,
todos os sonhos,
mas escravos do real só te aceitamos
na tua farda de pêlos,
sangue
e ossos.

Quando recriarás a trança libertária,
o horizonte do mito,
o Deus negado,
a tela do perene e do intocável?

Quando libertarás a página e o relógio,
o ser distante que revel condenas
às arestas da ruga e aos frutos sazonados?

Quando
(deste olhar em diagonal ao espelho e à morte)
farás ruir ao peso de teu gládio
e ao sulco de teu grito
as taças do não ser,
o veneno da aurora,
as portas do visível,
e do invisível?

Ó jamais seremos sós perante a Fonte,
jamais seremos nós e a ti mostramos
o sorriso de "clown" que se reparte
em contorções de esperma,
tédio,
e ódio.

Jamais conservaremos o perfume e a liturgia,
e a hora que se esvai não justifica
este desabrochar em cálice e corola.

Não ser
..................(embora seja no retrato),
não ter
..................(para ao flagelo condenar-se),
não sentir o chamar do céu porque beleza
e memória de ausências povoada.

Estamos sós,
bem sei,
e como é noite
arrancas o teu mundo no arbitrário,
e a poesia morde o que não é.

Quem te susteve o braço suicida:
a ode ou o catecismo?
Quem te ligou à sorte deste povo:
o sonho ou a promissória?
Quem te fez espalmar a mão como inocente
e a cabeça baixar como culpado?

Ó tempo,
ó dimensão do exílio e da orfandade,
e se não digo eterno,
quase eterno,
deixai toda esperança
"voi che entratte".
  


in A linha imaginária (1951) - Ruy Barata

segunda-feira, abril 22, 2024

Música adequada à data...

Lean On Me...

Peter Frampton faz hoje 74 anos

       
Peter Frampton (Beckenham, Kent, 22 de abril de 1950) é um músico britânico mais conhecido por seu trabalho a solo nos anos 70 como músico de rock de palco (Album-oriented rock). Ele tornou-se famoso, entretanto, como integrante dos The Herd quando se transformou num ídolo das adolescentes na Grã-Bretanha. Frampton ficou famoso por ser o primeiro guitarrista a utilizar do recurso da guitarra falada, que seria anos depois imitado por Slash (Guns n' Roses), Richie Sambora (Bon Jovi) e Dave Grohl (Foo Fighters). Ele então passou a trabalhar com Steve Marriott (dos The Small Faces) na banda Humble Pie, assim como em álbuns de Harry Nilsson, Jerry Lee Lewis e George Harrison. A sua estreia a solo foi em 1972, com Wind of Change.

A explosão solo de Frampton veio com Frampton Comes Alive, seis vezes platina e que incluía os sucessos "Do You Feel Like We Do", "Baby, I Love Your Way" e "Show Me the Way".

Foi o álbum "ao vivo" mais vendido de todos os tempos. Depois que o álbum seguinte I'm in You foi lançado, Frampton envolveu-se num sério acidente de carro nas Bahamas. Enquanto recuperava, atuou em 1978, com os Bee Gees, no filme Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band, um fracasso retumbante. Nos anos 80, Frampton voltou a gravar, mas só retornou às paradas de sucesso mundiais com "Breaking all the rules". O seu último álbum é Thank You Mr. Churchill, lançado em 2010.

Depois do atentado ao World Trade Center em Nova Iorque, Frampton decidiu tornar-se um cidadão norte-americano. Ele teve papel ativo na campanha eleitoral de 2004 do candidato John Kerry. Recentemente Peter Frampton ganhou o seu primeiro Grammy pelo seu álbum totalmente instrumental "Fingerprints", lançado no fim de 2007 e que conta com integrantes dos Pearl Jam, Rolling Stones, Allman Brothers Band e outros.

 


Vianna da Motta nasceu há 156 anos...

Busto do compositor no Jardim do Torel, em Lisboa
   
    
Biografia
Filho de José António da Motta e de sua mulher Inês de Almeida Vianna, estudou no Conservatório de Lisboa, sendo os seus estudos patrocinados pelo rei D. Fernando II e a sua esposa, a Condessa de Edla. Em 1882 parte para Berlim onde, custeado pelo real mecenas, continua durante três anos os estudos de piano e composição.
Em 1885 parte para Weimar onde é aluno de Franz Liszt, que mais tarde lhe oferece uma fotografia com a dedicatória: "A José Vianna da Motta, saudando os seus futuros sucessos. Fr. Liszt".
Dá concertos nos Estados Unidos da América, Paris, Inglaterra, Espanha, Itália, Dinamarca, Lisboa, Porto, Brasil e Argentina, numa série de recitais que são outros tantos triunfos.
Durante a Primeira Guerra Mundial foi diretor do Conservatório de Genebra. Em 1917 regressa a Portugal, onde foi diretor do Conservatório Nacional de Lisboa, de 1918 a 1938.
Entre as suas composições mais conhecidas está a Sinfonia "À Pátria" e as obras "Evocação dos Lusíadas" e "Cenas da Montanha", entre outras.
Casou primeira vez com Margarethe Marie Lemke (Karlsruhe, Heidelberg, 31 de março de 1858 - ?), filha de Juliua Lemke e de sua mulher Agnes Eckhardt, sem geração, casou segunda vez com Berta de Bívar, e casou uma terceira vez, com Irma Harden, sem geração.
Faleceu em 1948, em Lisboa, tendo vivido os últimos anos da sua vida na residência de sua filha Inês de Bivar Vianna da Motta e do seu genro, o psiquiatra Henrique João de Barahona Fernandes. A sua outra filha, Leonor Micaela de Bivar Vianna da Motta, nascida em Buenos Aires, casou com João Apolinário Sampaio Brandão, com geração.
 
José Vianna da Motta desde cedo revelou a sua grande proficiência para a música e particularmente para o piano.
Com 14 anos de idade concluiu os estudos no Conservatório Nacional. No mesmo ano (1882), partiu para Berlim, com os seus estudos financiados pelo Rei consorte, D. Fernando II, e pela sua esposa, a Condessa de Edla, que nele apostaram depois de o ouvir tocar. Em Berlim estudou com Xaver Scharwenka (piano) e com Philipp Scharwenka (composição). A sua primeira apresentação, no mesmo local, data de 1885 e foi um inegável êxito. Na mesma cidade, teve também aulas com Carl Schaeffer, membro da Sociedade Wagneriana. Em 1884 já Viana da Motta descobrira o encanto de Wagner, em Bayreuth. Tornou-se então membro da mesma Sociedade, e foi fiel a Wagner até ao fim da sua vida.
Em 1885, devido ao desejo de trabalhar com Liszt, parte para Weimar e foi um dos seus últimos alunos.
Dois anos depois, em Frankfurt, trabalhou com Hans Von Bullow, que o considerou um dos mais brilhantes discípulos de Liszt.
Fixou residência em Berlim e apresentou-se em várias cidades alemãs. Rússia, Paris, Estados Unidos, Inglaterra, Espanha, Itália, Dinamarca, Brasil, Argentina, foram países que presenciaram as suas atuações. Em 1893, no mês de abril, fez a sua primeira grande digressão em Portugal.
O público e a crítica sempre o aplaudiram e distinguiram a sua técnica, clareza, expressão, o rigor das suas interpretações dos mestres clássicos.
Foi considerado um brilhante intérprete de Liszt, Bach e Beethoven. A ele devemos a primeira apresentação da audição integral das 32 Sonatas para piano de Beethoven.
Anos antes de regressar definitivamente a Portugal, ao eclodir a 1ª Guerra Mundial, Vianna da Motta fixa-se em Genebra. Nesta cidade foi professor na Escola Superior de Música de Genebra.
Já em Portugal, manteve a sua atividade como pianista até 1945, a par com a sua ação pedagógica.
 
Importância
Dada a versatilidade e a profundidade da sua cultura, Vianna da Motta personificou em alto grau o ideal de "músico completo" que Liszt preconizou na sua diretriz pedagógica. Assim se explicará também a razão dos diversos campos da sua atividade: pianista, pedagogo, compositor, musicógrafo, conferencista e regente de orquestra; tendo sido predestinado, no entanto, para ser um virtuoso de piano, ele destacou-se no quadro dos renomeados pianistas da sua época (foi amigo e colaborador de Ferruccio Busoni, entre muitos outros). Em 1885 frequentou, em Weimar, o último curso de verão dado por Liszt, do qual recebeu por escrito os melhores votos para a sua grande carreira, e foi o aluno dilecto de Hans von Bülow nos cursos de Frankfurt a. M. em 1887.
José Vianna da Motta tocou por toda a Europa, Américas do Norte e do Sul, perante presidentes, Reis e Imperadores, recebeu altas condecorações e na Alemanha foi-lhe concedido o título de Hofpianist (pianista da Corte) por Carlos Eduardo de Saxe-Coburgo-Gota.
Conquanto Vianna da Motta tenha ficado sempre bem português e tenha marcado por todo o mundo a presença de Portugal, já através de si próprio, já através das suas composições e de outros compositores portugueses, como por exemplo de João Domingos Bomtempo, ele foi um afincado divulgador da cultura alemã e incorpora o fenómeno mais flagrante de simbiose das duas culturas ou seja: ele representa a ponte por excelência da cultura luso-alemã (especialmente na sua considerável obras de Lieder, em que musicou diversos poetas alemães!). Houve quem lhe chamasse "o português mais patriota e o alemão missionário".
Obrigado, pela Primeira Guerra Mundial, a abandonar a sua residência de Berlim em 1914, aceitou finalmente o convite para a regência da classe de virtuosismo de piano do Conservatório de Genebra, em 1915. Em 1917 regressou definitivamente a Lisboa, fundou a Sociedade de Concertos e realizou o seu objetivo de proceder à reforma do Conservatório Nacional de Lisboa, assumindo o cargo de diretor desta instituição de 1919 a 1938. A sua orientação pedagógica operou uma completa viragem no nível técnico/artístico e na intelectualidade do meio musical lisbonense. Fez inúmeras primeiras audições de obras há muito consagradas, como a integral das 32 sonatas de Beethoven, no centenário da sua morte, em 1927 (cuja receita reverteu a favor dos alunos pobres do Conservatório, tendo instituído o prémio Beethoven) e, também, de compositores seus contemporâneos.
Como compositor, cuja atividade se confinou ao período da sua vida com residência em Berlim, José Vianna da Motta foi importante para a História da Música em Portugal no âmbito da "música de concerto", por lhe caber o mérito da primeira procura e criação consciente de "música culta" de carácter nacional. São disso testemunho a sua obra mais relevante a Sinfonia "À Pátria" (que apresenta também a inovação entre nós do conceito lisztiano de música programática e em que, ao que parece, um compositor português usa pela primeira vez numa sinfonia, temas genuínos do folclore do nosso país), as suas composições pianísticas, as suas canções para canto e piano.
Sem dúvida, das personagens mais versáteis do mundo da música portuguesa na primeira metade do século XX. Exemplar na sua capacidade de trabalho e perseverança, no domínio absoluto da técnica pianística, no equilíbrio da forma e do conteúdo. Intérprete excecional, notável pedagogo, admirável compositor…mas terá recebido sempre o valor que merece?
Como tantos outros artistas portugueses dos maiores, Vianna da Motta foi uma vítima da incompreensão, da maldade e da pequenez de um meio com o qual a sua invulgar estatura não podia ter medida comum. Negaram-lhe o talento, disputaram-lhe a glória, moveram-lhe campanhas ultrajantes, dificultaram-lhe a vida, regatearam misérias nos seus modestos cachets de concertista, esforçaram-se por fazer cair sobre o seu nome e a sua obra a pedra vil do esquecimento, deixaram-no morrer num isolamento e numa solidão terríveis, e mesmo depois de morto se procurou evitar que a sua vera fisionomia de artista e de intelectual pudesse ser revelada em toda a sua luz. 
Fernando Lopes Graça, 1949, in In Memoriam de Viana da Motta