quinta-feira, abril 18, 2024
Monteiro Lobato nasceu há cento e quarenta e dois anos
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quarta-feira, abril 17, 2024
Gabriel García Márquez morreu há dez anos...
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terça-feira, abril 16, 2024
Anatole France nasceu há cento e setenta anos
Vida
Era um poeta, jornalista e romancista francês com vários best-sellers. Foi membro da Académie française e ganhou o Prémio Nobel de Literatura em 1921 "em reconhecimento das suas brilhantes realizações literárias, caracterizadas como são por uma nobreza de estilo, uma profunda simpatia humana, graça e um verdadeiro temperamento gaulês".
Acredita-se que France seja o modelo para o narrador de Marcel Bergotte na obra Em Busca do Tempo Perdido de Marcel Proust.
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Luis Sepúlveda morreu há quatro anos...
De regresso ao Chile é expulso da Juventude Comunista, adere ao Partido Socialista Chileno e tornou-se membro da guarda pessoal do presidente Salvador Allende. No golpe militar do dia 11 de Setembro de 1973, que levou ao poder o ditador general Augusto Pinochet, Luís Sepúlveda encontrava-se no Palácio de La Moneda a fazer guarda ao Presidente Allende.
Membro ativo da Unidade Popular chilena nos anos 70, teve de abandonar o país após o golpe militar de Augusto Pinochet. Viajou e trabalhou no Brasil, Uruguai, Paraguai e Peru. Viveu no Equador entre os índios Shuar, participando numa missão de estudo da UNESCO. Sepúlveda era, na altura, amigo de Chico Mendes, herói da defesa da Amazónia. Dedicou a Chico Mendes O Velho Que Lia Romances de Amor, o seu maior sucesso. Na Nicarágua integrou as brigadas sandinistas. Emigrou, por fim, para a Alemanha, onde viveu por 14 anos e casou pela segunda vez, com Margarita Seven. Depois de separar-se, mudou-se para Paris e depois para Gijón, onde reencontrou a sua primeira mulher, a poetisa chilena Carmen Yáñez, e viveu o resto de sua vida.
A 29 de fevereiro de 2020, foi diagnosticado com COVID-19, tornando-se o primeiro caso diagnosticado com a doença na região das Astúrias. O caso foi notado de forma particular em Portugal, pois o escritor havia participado, poucos dias antes, no festival literário "Correntes d' Escritas", na Póvoa de Varzim, que teve lugar entre 18 e 23 de fevereiro. A 16 de abril de 2020 o escritor morreu, vitima da doença.
Obras
- Cronicas de Pedro Nadie (1969)
- O Velho Que Lia Romances de Amor - no original Un viejo que leía novelas de amor (1989)
- Nome de Toureiro - no original Nombre de torero (1994)
- Patagónia Express - no original Patagonia Express (1995)
- Mundo do Fim do Mundo - no original Mundo del fin del mundo (1992)
- Encontro de Amor num País em Guerra - no original Desencuentros, cuentos (1997)
- Diário de um Killer Sentimental - no original Diario de un killer sentimental & Yacaré (1998)
- As Rosas de Atacama - no original Historias marginales (2000)
- O General e o Juiz - no original La locura de Pinochet (2002)
- O Poder dos Sonhos - no original El poder de los sueños (2004)
- Os Piores Contos dos Irmãos Grim em co-autoria com o escritor uruguaio Mario Delgado Aparaín - no original Los peores cuentos de los Hermanos Grimm (2004)
- Uma História Suja (2004)
- História de uma gaivota e do gato que a ensinou a voar - no original Historia de una gaviota y el gato que le enseñó a volar (2008)
- A Lâmpada de Aladino - no original La lámpara de Aladino (2008).
- A sombra do que fomos - no original La sombra de lo que fuimos (2009)
- Crónicas do Sul - no original Últimas noticias del Sur (2011)
- História de um gato e de um rato que se tornaram amigos - no original Historia de Max, de Mix y de Mex (2012)
- História do caracol que descobriu a importância da lentidão - no original Historia de un caracol que descubrió la importancia de la lentitud (2013)
- Uma ideia de felicidade - no original Una Idea de la Felicidad (com Carlo Petrini) (2014)
- A venturosa história do Usbeque mudo - no original El Uzbeko Mudo (2015)
- História de um cão chamado Leal - no original Historia de un Perro llamado Leal (2015)
- O fim da história - no original El Fin de la Historia (2016)
Prémios e distinções
Luis Sepúlveda recebeu, entre outros, os seguintes prémios literários:
- Premio Gabriela Mistral de poesia (1976)
- Prémio Rómulo Gallegos de novela (1978)
- Premio Tigre Juan de novela (1988)
- Premio de relatos cortos «La Felguera» (1990)
- Prémio Primavera de Romance (2009)
- Prémio Eduardo Lourenço (2016)
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segunda-feira, abril 15, 2024
Fernando Namora nasceu há 105 anos
Profecia
Nem me disseram ainda
para o que vim.
Se logro ou verdade,
se filho amado ou rejeitado.
Mas sei
que quando cheguei
os meus olhos viram tudo
e tontos de gula ou espanto
renegaram tudo
— e no meu sangue veias se abriram
noutro sangue...
A ele obedeço,
sempre,
a esse incitamento mudo.
Também sei
que hei-de perecer, exangue,
de excesso de desejar;
mas sinto,
sempre,
que não posso recuar.
Hei-de ir contigo
bebendo fel, sorvendo pragas,
ultrajado e temido,
abandonado aos corvos,
com o pus dos bolores
e o fogo das lavas.
Hei-de assustar os rebanhos dos montes
ser bandoleiro de estradas.
— Negro fado, feia sina,
mas não sei trocar a minha sorte!
Não venham dizer-me
com frases adocicadas
(não venham que os não oiço)
que levo caminho errado,
que tenho os caminhos cerrados
à minha febre!
Hei-de gritar,
cair, sofrer
— eu sei.
Mas não quero ter outra lei,
outro fado, outro viver.
Não importa lá chegar...
O que eu quero é ir em frente
sem loas, ópios ou afagos
dos lábios que mentem.
É esta, não é outra, a minha crença.
Raios vos partam, vós que duvidais,
raios vos partam, cegos de nascença!
in Relevos (1927) - Fernando Namora
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Beatriz Costa morreu há 28 anos...
Beatriz Costa, pseudónimo de Beatriz da Conceição (Charneca do Milharado, Mafra, 14 de dezembro de 1907 - Lisboa, 15 de abril de 1996) foi uma atriz de teatro e cinema portuguesa, sendo um ícone da cultura popular portuguesa.
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domingo, abril 14, 2024
Simone de Beauvoir morreu há 38 anos...
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sábado, abril 13, 2024
La Fontaine morreu há 329 anos...
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Gunter Grass morreu há nove anos...
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Eduardo Galeano morreu há nove anos...
in Wikipédia
ESTRANGEIRO
Num jornal do bairro do Raval, em Barcelona, uma mão anónima escreveu:
O teu deus é judeu, a tua música é negra, o teu carro é japonês, a tua pizza é italiana, o teu gás é argelino, a tua democracia é grega, os teus números são árabes, as tuas letras são latinas.
Eu sou teu vizinho. E ainda me chamas estrangeiro?
Eduardo Galeano
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quinta-feira, abril 11, 2024
Corín Tellado, escritora de romances cor-de-rosa, morreu há quinze anos...
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sexta-feira, abril 05, 2024
Robert Bloch nasceu há 107 anos
Robert Albert Bloch (Chicago, 5 de abril de 1917 - Los Angeles, 23 de setembro de 1994), foi um conceituado escritor norte-americano, mais conhecido pelo seu romance de horror Psico (1959). Posteriormente a história foi adaptada para o cinema pelo célebre realizador Alfred Hitchcock, com Janet Leigh e Anthony Perkins a fazer parte do elenco. Foi também conhecido como roteirista e um autor prolífico no género da ficção científica.
Robert Bloch nasceu a 5 de abril de 1917, em Chicago, no estado do Illinois. Estudou em escolas particulares em Maywood e em Milwaukee. Enquanto criança, ficou bastante impressionado com o cinema de terror, tendo assistido pela primeira vez aos nove anos de idade ao O Fantasma da Ópera. Começou então a devorar revistas literárias da especialidade, como a Weird Tales. Ainda aluno do ensino secundário, Bloch começou a escrever histórias.
Terminados os seus estudos, adquiriu uma máquina de escrever em segunda mão e conseguiu vender o seu primeiro conto, The Feast In The Abbey, à revista Weird Tales, com apenas dezanove anos. Com a Depressão causada pela queda na Bolsa de Valores de Nova Iorque, teve dificuldade em arranjar trabalho, pelo que, entre 1932 e 1942, escreveu a tempo inteiro.
Após a morte do escritor H. P. Lovecraft, ocorrida em 1937, grande influenciador da sua obra, Bloch alargou os horizontes da sua ficção, ao incluir vudu, possessões diabólicas e magia negra nas suas obras. Em 1939 publicou um conto humorístico que o consagrou como o escritor mais capacitado desde Ambrose Bierce.
Na década de 40 começou a demonstrar interesse pela mente de assassinos psicopatas, em parte por julgar ter esgotado o tema do sobrenatural. Publicou, em 1943, Yours Truly, Jack The Ripper, conto em que recriava a vida do mais famoso de todos os assassinos em série. Em 1947 seria a vez do seu primeiro romance, The Scarf, que contava a história de um jovem transformado num assassino por causa de um trauma de infância.
Em 1942 passou a trabalhar numa agência publicitária, aí permanecendo durante onze anos. Fez com que se esbatesse a fronteira entre os géneros policial e de terror. Em 1953 foi viver para Hollywood, para trabalhar como roteirista. No mesmo ano, escreveu o famoso argumento para o filme Psycho de Alfred Hitchcock. Procurou expandir a obra ao continuá-la, formando uma trilogia com a publicação de Psycho II (1982) e Psycho House (1990).
Bloch foi por diversas vezes galardoado, tendo recebido um Prémio Hugo, um Bram Stoker Award e um World Fantasy Award. Chegou a ser presidente, de 1970 a 1971, da Mistery Writers of America e foi membro da Science Fiction and Fantasy Writers of America. Faleceu, por causa de um cancro, em 23 de setembro de 1994. Foi sepultado no Westwood Village Memorial Park Cemetery.
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quinta-feira, abril 04, 2024
Marguerite Duras nasceu há cento e dez anos...
Marguerite Duras, pseudónimo de Marguerite Donnadieu (Saigão, atual Cidade de Ho Chi Minh, 4 de abril de 1914 - Paris, 3 de março de 1996) foi uma romancista, novelista, roteirista, poetisa, diretora de cinema e dramaturga francesa, sendo considerada uma das principais vozes femininas da literatura do século XX na Europa.
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quarta-feira, abril 03, 2024
Graham Greene morreu há trinta e três anos...
Biografia
Formou-se na Universidade de Oxford, e começou a sua carreira como jornalista trabalhando como repórter e subeditor do The Times. Publicou cerca de 60 romances.
Ao longo de sua vida, Greene esteve em vários países bem distantes da Inglaterra, aos quais ele se referia como lugares selvagens e remotos do mundo. Em 1935, visitou a África (especialmente Serra Leoa e Libéria), onde, além de buscar material para seus artigos do Times e para um futuro livro (Journey Without Maps), também prestou serviços à Anti-Slavery and Aborigines' Protection Society
As viagens o levaram a ser recrutado pelo MI6, o serviço secreto britânico, por meio de sua irmã, Elisabeth, que trabalhava para a organização, e ele foi enviado para Serra Leoa durante a Segunda Guerra Mundial. Assim, de 1941 a 1943, ele trabalhou para a inteligência britânica, em Freetown. Muitos de seus romances, a partir de então, tiveram como tema ou pano de fundo a espionagem. Kim Philby (que posteriormente descobriu-se ser um agente duplo, ao serviço da KGB) era seu supervisor no MI6 e seu amigo. Posteriormente, Greene escreveria o prefácio do livro de memórias de Philby, My Silent War (1968).
Nos seus romances, o escritor retrata pessoas que encontrou e lugares onde viveu. Deixou a Europa pela primeira vez aos 30 anos de idade, em 1935, rumo à Libéria. Essa viagem seria a inspiração para o livro Journey Without Maps. A sua viagem ao México, em 1938, para observar os efeitos da campanha anticatólica do governo, que promovia a secularização forçada, foi paga pela editora Longman e assunto de dois livros.
O seu primeiro livro de sucesso foi O Expresso do Oriente (1932). Dentre outras obras, incluem-se O Poder e a Glória (1940), Our Man in Havana (1958, "O Nosso Agente em Havana") e O Fator Humano (1978). Muitas de suas obras foram transformadas em filmes, como por exemplo O Ídolo Caído. As suas obras falam muito de situações políticas de países pouco conhecidos e aos quais viajava frequentemente, como Cuba e Haiti.
Outra temática frequente na sua obra era a religião. Tendo-se convertido ao catolicismo, em 1926, os dilemas morais e espirituais de sua época eram representados por intermédio das suas personagens. Graham Greene era considerado o maior 'escritor católico' da Grã-Bretanha, apesar da sua resistência em ser retratado dessa maneira.
Existem peças teatrais de sua autoria, como The Complaisant Lover, 1959, The potting shed, 1956–1957, The linving room, 1958, e Carving a statue, 1964. Foi também autor de quatro livros infantis.
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Luís de Sttau Monteiro nasceu há 98 anos...
(imagem daqui)
Luís Infante de Lacerda de Sttau Monteiro (Lisboa, 3 de abril de 1926 - Lisboa, 23 de julho de 1993) foi um escritor português do século XX.
(...)
Já em Lisboa, licenciou-se em Direito na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, tendo trabalhado como advogado por um curto período de tempo, dedicando-se, depois de nova passagem pelo Reino Unido, ao jornalismo.
A sua estadia em Inglaterra, durante a juventude, colocou Sttau Monteiro em contacto com alguns movimentos de vanguarda da literatura anglo-saxónica. Na sua obra narrativa retratou ironicamente certos estratos da burguesia lisboeta e aspetos da sociedade portuguesa contemporânea.
Ao regressar a Portugal colabora em diversas publicações destacando-se a revista Almanaque (onde usou o pseudónimo Manuel Pedrosa) e o suplemento A Mosca, do Diário de Lisboa. Neste último, cria a secção Guidinha.
Sttau Monteiro estreou-se nas publicações em 1960, com Um Homem não Chora, a que se seguiu Angústia Para o Jantar (1961).
Como dramaturgo destaca-se logo em 1961 com o drama narrativo histórico Felizmente há Luar!, um peça situada na linha do teatro épico. Esta obra foi galardoada com o Grande Prémio de Teatro atribuído pela Sociedade de Escritores e Compositores Teatrais Portugueses (atual SPA) mas a sua representação foi, no entanto, proibida pela censura.
Sttau Monteiro foi preso por suspeita de ter colaborado na "Intentona de Beja" de 1962 o que o levou a que voltasse a viver, entre 1962 e 1967, na Inglaterra. Regressado a Portugal foi preso pela PIDE em 1967, pelas críticas à ditadura vigente e à guerra colonial incluídas nas suas peças satíricas A Guerra Santa (1967) e A Estátua (1967).
Só após a Revolução do 25 de Abril a sua peça Felizmente há Luar! foi apresentada nos palcos nacionais. Aconteceu primeiro em 1975 pelo TEB - Teatro Ensaio do Barreiro seguindo-se, em 1978, a representação pela companhia do Teatro Nacional D. Maria II.
Sttau Monteiro foi ainda colaborador de semanários como o Se7e, O Jornal ou Expresso.
Em 1985, o seu romance inédito Agarra o Verão, Guida, Agarra o Verão serviu de argumento à telenovela Chuva na Areia.
Luís de Sttau Monteiro morreu a 23 de julho de 1993, em Lisboa, sendo enterrado no Cemitério de Loures.
A 9 de junho de 1994 foi feito Grande-Oficial da Antiga, Nobilíssima e Esclarecida Ordem Militar de Sant'Iago da Espada, do Mérito Científico, Literário e Artístico a título póstumo.
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terça-feira, abril 02, 2024
Émile Zola nasceu há cento e oitenta e quatro anos
Émile Zola (Paris, 2 de abril de 1840 - Paris, 29 de setembro de 1902) foi um consagrado escritor francês, considerado criador e representante mais expressivo da escola literária naturalista além de uma importante figura libertária da França. Foi presumivelmente assassinado por desconhecidos em 1902, quatro anos depois de ter publicado o famoso artigo J'accuse, em que acusa os responsáveis pelo processo fraudulento de que Alfred Dreyfus foi vítima.
Vida
Émile-Édouard-Charles-Antoine Zola nasceu na capital francesa. Filho do engenheiro italiano François Zola (originalmente Francesco Zola) e a sua esposa Émilie Aubert, cresceu em Aix-en-Provence, onde estudou no Collège Bourbon (atualmente conhecido como Collège Mignet) e aos dezoito anos, retorna a Paris para estudar no Lycée Saint-Louis. Devido às complicações financeiras por que passou após a morte do pai, Zola é levado a trabalhar em uma série de escritórios, ocupando cargos de pouca influência.
Inicia-se no ramo jornalístico escrevendo colunas para os jornais Cartier de Villemessant's e Controversial. Suas colunas não poupavam críticas severas a Napoleão III:
(…) meu trabalho torna-se a imagem de um reinado partido, de um estranho período de loucura e vergonha humanas - e à Igreja - A civilização jamais alcançará a perfeição até que a última pedra da última igreja caia sobre o último padre.
A obra de caráter autobiográfico La Confession de Claude (1865), um dos primeiros trabalhos publicados por Zola, atraiu atenção negativa da crítica especializada. O ainda mais criticado
Thérèse Raquin, romance lançado no ano seguinte, apresentou uma abordagem inovadora em sua concepção: inspirado pelos estudos científicos da época, Zola propõe não um simples romance, mas uma análise científica pormenorizada do ser humano, da moral e da sociedade. Thérèse Raquin tornou-se, portanto, marco inicial de um novo movimento literário, oriundo da análise científica e experimental do ser humano: o naturalismo.
Em vida, Zola também demonstrou elevado engajamento político. Certamente, o seu trabalho de maior influência política foi a carta aberta intitulada J'accuse (Eu Acuso), destinada ao então presidente da França Félix Faure. A carta, publicada na primeira página do jornal parisiense L'Aurore em 13 de janeiro de 1898, acusou o governo francês de antissemitismo por julgar e condenar precipitadamente o capitão Alfred Dreyfus, judeu e oficial do exército francês, por traição em 1894.
Émile Zola faleceu em 29 de setembro de 1902 na sua casa em Paris devido à inalação de uma quantidade letal de monóxido de carbono, proveniente de uma lareira defeituosa; alguns estudiosos não descartam a hipótese de homicídio.
Em 1908, o corpo de Zola foi transferido do cemitério de Montmartre para o Panteão.
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Hans Christian Andersen nasceu há 219 anos - hoje é o Dia Internacional do Livro Infanto-Juvenil
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